Há um tempo atrás atendi uma cliente de São Paulo que fez terapia online comigo, cuja queixa principal era que não conseguia escrever sua tese. Já atendi alguns casos desses: Mestrado, doutorado, monografia de curso e etc. Na maioria dos casos, esse bloqueio em escrever gira em torno de medos com relação a apresentação perante a banca, dificuldades de relacionamento com orientador, auto crítica demasiada com relação ao que escreve.
No caso da cliente em questão, a dificuldade principal era outra: Não se colocar em primeiro lugar. Tem tudo a ver com um Artigo que escrevi “Quem é a pessoa mais importante do mundo”.
Ela fazia tudo por todo mundo, parentes e amigos, e por isso, não conseguia ter tempo de sentar pra escrever. Muito boazinha, preocupada com todo mundo, e sempre em último lugar. Resultado: Tempo quase se esgotando e nada de tese.
Durante as sessões, foram trabalhados com a EFT (Técnica para Autolimpeza Emocional – Clique Aqui e solicite o Manual Gratuito para aprender a eliminar emoções e pensamentos negativos em minutos!) os sentimentos que levavam a esse tipo de comportamento: Culpa, medo da rejeição da família, necessidade de aprovação, medo de frustrar o outro, medo de perder o amor da família, culpa em fazer algo bom pra si mesma, culpa em receber coisas boas…
Quem recebe bem, sem culpa, talvez não entenda muito bem o que seja isso. Mas, quem se sente mal ao receber certamente vai se identificar com o texto.
Em um determinado ponto da sessão eu falei que ela era uma péssima recebedora. Ela espantada me perguntou “Por que???”. Eu falei que eu tinha certeza que toda vez que ela pensava em fazer algo de bom pra si mesma ou quando ia receber algo de bom de outra pessoa, fosse um presente, dinheiro, uma ajuda, logo ela pensava em outras pessoas com pensamentos do tipo “não precisa! eu não preciso, fulano precisa mais que eu”, e provavelmente se sentia constrangida.
Ela confirmou o comportamento e disse ainda que, se pensava em ganhar mais, nunca era para benefício próprio, já pensava em ajudar mais a família. E assim continuaria apertada como sempre. Se pensava em viajar, sentia culpa porque outras pessoas da família não podiam, se recebia algum brinde ou presentinho pensava logo em repassar para alguém da família que “precisava mais que ela.”
O ato de receber e se beneficiar causava sentimentos intensos de culpa. Para se livrar do sentimento, o que faz o mau recebedor? Dá tudo pra todo mundo, não usufrui, não viaja, deixa de comprar coisas que gosta, de ter mais lazer. Se ganha mais, logo arranja um jeito de pagar mais coisas pra família e não aproveita nada. Isso gera frustração e uma necessidade de reconhecimento dos “sacrifícios” que a pessoa faz pelos outros. Isso já é tema de mais um outro artigo.
O mais interessante é que quem age assim termina sendo constantemente pisado, desrespeitado, e ninguém nunca reconhece os esforços e sacrifícios que tem feito, gerando sentimentos de rejeição e mais sacrifícios para ser reconhecido entrando num círculo vicioso.
Parece difícil para muitas pessoas usufruir sem culpa do que tem e do que lhes chega de bom inesperadamente. Viajar, se vestir bem, comer bem, investir em lazer, terapias, estética, saúde física e emocional… Tem gente que simplesmente não consegue fazer isso se sentindo bem. Sentem-se como estivessem fazendo algo errado. “Como posso eu usufruir, me sentir bem, se tem fulano e beltrano que não tem isso e isso?” A pessoa se sente mal, culpada, egoísta.
Ter dificuldades em receber revela pontos negativos na autoestima. Se você realmente se gosta, qual o problema de viver bem e aproveitar? Por que sempre o outro e por que não você? E por que não ganhar mais pra poder ter mais conforto pessoal? Se você é um ser humano, como todos os membros da sua família, por que não ser você mesmo o beneficiado?
Se pra você isso parece egoísmo, pense bem. As vezes a gente faz coisas pelos outros com pena, como se fossem coitados, como se não pudessem pelas próprias capacidades ter as mesmas coisas que nós temos. O que é absolutamente uma inverdade – isso também será tema de um artigo mais específico.
O comportamento do mau recebedor gera muitas consequências negativas para si mesmo: Dificuldades financeiras, perdas de oportunidades no trabalho, frustração, necessidade de reconhecimento. E como o reconhecimento muitas vezes não vem, surge mais frustração e sentimentos de rejeição baixando ainda mais a autoestima.
Entre irmãos, o que é melhor recebedor recebe mais dos pais e da família, porque pede mais e se permite mais: Ganha mais presentes, melhores cursos, mais dinheiro pra lazer, melhores roupas… Os irmãos maus recebedores deixam para o outro, e por isso perdem boas oportunidades.
A EFT pode trabalhar e eliminar todo tipo de sentimento negativo. Inclusive os sentimentos que estão impedindo você de se tornar um melhor recebedor. Algumas frases de preparação que podem ser usadas no processo:
– Mesmo que eu me sinta culpado em receber, eu me aceito profunda e completamente (Especifique durante o processo exatamente o que você sente culpa em receber)…
– Mesmo que eu me sinta culpado por ter mais que fulano…
– Mesmo que tal pessoa vá se sentir mal ou inveja se eu tiver tal coisa (Ou ganhar uma promoção, etc, especifique bem a situação para personalizar pra você)…
– Mesmo que eu sinta uma obrigação de ajudar em primeiro lugar…
– Mesmo que eu me sinta egoísta se eu aproveitar tal e tal coisa… (Especifique bem o que)
– Mesmo que eu tenha a crença de que receber é egoísmo…
– Mesmo que eu me sinta mal ou culpado em ter o que tenho…
– Mesmo que eu até hoje não tenha me permitido ter uma vida mais prazerosa…
Essas são apenas ideias que podem ser utilizadas nas rodadas de EFT (Clique Aqui e solicite o Manual Gratuito) cada pessoa deverá personalizar as frases o Máximo possível, de acordo com seus bloqueios. Faça isso e torne-se um recebedor cada vez melhor.
Um forte abraço!
André Lima.
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Grato por sua ajuda!
Tudo o que possa nos tirar do estado de sofrimento é muito importante, porque passamos a ter qualidade de vida!!!…isso é EFT!!!
muito bom, bem isso que acontece, agradeço
pois sempre aprendo muito com os artigos