A mente costuma distorcer e nos fazer acreditar que agir da forma mais fácil que há é a mais difícil. Quando estamos passando por alguma situação que vemos como negativa, a reação mais difícil é a não-aceitação e a mais fácil é a aceitação. Mas não seria o contrário? Não. É que quando não aceitamos a situação, criamos uma resistência interior desconfortável que nos faz sofrer.
A não-aceitação é um brigar com uma realidade que já é. Nada pode ser mais difícil ou insano do que isso. Os momentos que se sucedem são do jeito que são. Muitos deles não tomam a forma que nós desejamos. Quando isso ocorre, surge um sofrimento interior ao qual chamamos de não-aceitação. As pessoas agem da maneira que agem, têm seu próprio comportamento e modo de pensar. E quando elas não agem conforme nós gostaríamos, surge também a não-aceitação.
Essa resistência não tem poder algum de mudar a situação exterior ou o comportamento de alguém. Mas, inconscientemente, é como se achássemos que nossas reclamações mentais e nosso desconforto interno fosse mudar algo.
A não-aceitação vem sendo praticada pela humanidade há milênios, por isso está bastante enraizada no inconsciente coletivo, moldando nossa forma de pensar, fazendo parecer que é algo natural. É comum agir dessa forma, mas não é saudável.
Precisamos, então, praticar a aceitação, de forma paciente e persistente, porque a nossa mente está viciada em resistir e causar sofrimento. Me pego muitas vezes por dia tendo pensamentos de não-aceitação que não mudam em nada a situação externa, mas que me trazem desconforto interior. Quando percebo, dou-me conta da insanidade que é esse tipo de pensamento e procuro abandoná-lo. Isso acontece desde pequenas coisas até eventos mais significativos.
Agora mesmo ao escrever esse texto, o cursor do computador às vezes muda sozinho de local e vai parar em outro local da página. Eu tenho que pegar o mouse, retornar para o ponto certo e corrigir o erro. Não sei porque meu computador faz isso sozinho. Automaticamente, surge uma irritação, que nada mais é do que uma resistência interior. Reclamações inconscientes do tipo “Isso não deveria ter acontecido; droga, agora tenho que parar o texto e redigitar algumas coisas; não entendo porque isso acontece”. No momento em que percebo, procuro simplesmente observar e soltar esse desconforto porque ele não muda em nada o que aconteceu nem o que eu tenho que fazer; causa-me apenas mal-estar.
O desconforto surge de forma automática pelo antigo condicionamento mental que vem sendo passado de geração em geração. Mas isso não significa que não possa ser mudado. Com a prática, eu percebo que minha mente vem reclamando e resistindo menos. Cada vez mais rapidamente, consigo perceber e largar esses pensamentos de resistência. As vezes eu me deixo levar por eles mais do que poderia. O importante é continuar praticando sempre, e os progressos ocorrem certamente.
Quando alguém é antipático, grosseiro, ou age de uma forma contrária às nossas expectativas, o gatilho da não-aceitação é disparado em nós, gerando raiva, irritação e outros sentimentos. Outro dia, fui a uma padaria, dei um sonoro “Boa tarde” mas a atendente do caixa não respondeu. Fez sua tarefa de forma automática a não me deu qualquer atenção. Estava com a cabeça em outro lugar. Rapidamente, surgem os pensamentos de irritação: “Nossa, que moça mal educada!”. Percebi o que ocorreu, larguei o pensamento e fiquei em paz. Deixei a moça ser do jeito que ela é. Não briguei mais com o que aconteceu. Quando você aceita, é como se você se tornasse transparente e, assim, as ofensas e outras coisas que poderiam ser desagradáveis passam através de nós.
São exemplos simples, mas servem para qualquer tipo de situação. No meu caso, percebo que às vezes tenho mais facilidade em aceitar fatos considerados maiores dos que os pequenos. Certa vez, um motorista fez uma manobra maluca e acertou em cheio o meu carro, provocando um acidente que poderia ter sido grave. Muitos danos materiais, mas felizmente nenhum dano físico. O interessante é que quando isso ocorreu, saí do carro 100% em paz e fui até o carro do outro motorista para saber se ele estava bem. Fiz tudo que era possível ser feito, tomei as ações necessárias, sem precisar da raiva, irritação, ou qualquer outro tipo de resistência interior.
Sempre que se fala sobre aceitação, algumas pessoas dizem que é ela a responsável pela falta de ação. Justificam que, quando você aceita algo, você fica passivo, não toma nenhuma atitude e permite, assim, que pessoas passem por cima dos seus direitos e dos direitos alheios. No entanto, a falta de ação é gerada por outros problemas emocionais que as pessoas têm ligados à autoestima: Sentimentos de não-merecimento, sentir-se inferior, ter dificuldade em dizer não, medo de não ser aceito, medo de ser julgado… Tudo isso pode e deve ser trabalhado com a EFT (Técnica para Autolimpeza Emocional – Clique Aqui e solicite o Manual Gratuito para aprender a eliminar emoções e pensamentos negativos em minutos!).
Existe até uma cobrança social para que se reaja de uma determinada forma a certos eventos. Já observei pessoas comentando “Como fulano pode ficar assim tão tranquilo diante dessa situação? Parece que não tem sangue correndo nas veias”.
Certa vez, em um momento de tranquilidade que tive em uma situação tipicamente estressante, uma pessoa que estava super irritada com a mesma situação me disse que ela até gostaria de ficar calma, mas que era muito difícil ficar como eu naquela hora. Nesse momento, o pensamento que me veio foi o contrário. Olhei para a outra pessoa e cheguei a conclusão que o difícil era reagir daquela forma, não aceitando e se estressando com a situação, simplesmente, por que causava um grande sofrimento e não resolvia nada. Só que em outros momentos, eu acabo caindo exatamente no mesmo mecanismo de resistência interior. Por isso é importante a prática. A aceitação é o fácil que a mente distorce e interpreta como sendo algo difícil.
A EFT nos ajuda de uma forma profunda a dissolver os sentimentos de não-aceitação, trazendo de volta a paz interior. Quando limpamos as emoções negativas que guardamos, ficamos naturalmente mais positivos e tranquilos, e a aceitação torna-se algo bem mais automático. A resistência começa a ser vista como o comportamento difícil, e a aceitação passa cada vez mais a ser vista como o comportamento “Normal”.
Um forte abraço!
André Lima.
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Inteligente.
estou passando p/ essa situação neste momento, de não aceitação de um problema e esse texto veio na hora certa p/ mim; realmente quando não aceitamos, o sofrimento é em dobro;vou trabalhar a aceitação; obrigada p/ mais esse aprendizado.
um abraço André
Estou aplicando eft e já estou e tendo mudancas
mas quero saber mais por favor continue mádando vídeos Agradeço a Deus e a Meishusama oportunidade de ter encontrado eft muito obrigada André Lima
Isso mesmo que acontece com. a gente devemos transformar as coisas negativas em positivas
Olá, Andre, boa noite.
Tenho acompanhado seus artigos e eles tem me feito muito bem.
Obrigado pelo seu trabalho. Que Deus te recompense muito por ele e continue te dando uma vida feliz.
Com relação a este artigo da aceitação, é um exercício muito difícil pra mim, mas que tem me ajudado bastante.
Gostaria de aproveitar o comentário e, quem sabe, te oferecer uma ajudinha também…hehehehehe
Eu passo pelo mesmo problema que vc passa com relação ao cursor do computador.
Uma pergunta: você usa laptop (notebook) ou desktop?
Se for o lap top, provavelmente aconteça porque ele tem o mouse pad logo abaixo do teclado. Dependendo da sensibilidade do equipamento, um simples esbarrar de mão nele, já leva o cursor pra outro lugar, causando essa bagunça que mencionou.
Se você usa um mouse externo, pode desabilitar o mousepad do lap top e isso para de ocorrer… (mas se usar um desktop, daí não sei o que pode ser. De repente seria bom chamar um técnico pra ver, porque isso não é normal)
Sei que é tudo um exercício de aceitação, como comentou no artigo. Porém, podendo eliminar a fonte de stress, é melhor ainda, né?
ehehehehehhehee
Um grande abraço!!
Excelente. Estou treinando essa parte da minha vida para não ficar mais estressada. Tenho tido comportamentos furiosos…depois de muito tempo passiva…
Quanto mais problemas emocionais mais se é refém da não aceitação. Descobri que eu tinha uma irritação, uma raiva, que ainda que eu fosse uma pessoa controlada, eu sempre sentia em várias circunstâncias, acontecimentos do dia a dia. Às vezes era o trânsito, ou quando alguém me falava algo que eu não concordasse…eu não entendia muito bem porquê me vinha essa irritação! Quando conheci a EFT, comecei a aplicar para um sentimento de rejeição que eu tinha. Foi uma transformação espantosa!! Mudei da noite pro dia! Toda essa raiva, irritação foi embora!!…algumas situações me incomodam, mas não me afetam mais! Penso nelas alguns minutos…depois, simplesmente assim, eu aceito!!…não fico remoendo, pensando no que aconteceu.
Gratidão André Lima, através do seu trabalho pude conhecer esta técnica maravilhosa!!
André ,
Adoro ler seus textos, são esclarecedores pela profundidade, transparência com que vc expõe cada problema que criamos …. “simples assim” ….mto obrigada !!!
André, para mim esse artigo foi um dos melhores, casou muitobem comigo.Obrigada
Olá André Lima,
Gostaria de saber de como utilizar o EFT para eliminar esse sentimento de não aceitação ?
Grata,Cassia
Entrando na mesma sintonia!!!
Obrigada, André.
Mais um belo texto dos tantos com os quais você nos presenteia.
Este, particularmente, nos induz a refletir e buscar alteração do comportamento padronizado,
mecânico, que repetimos sem prestar atenção, e que nos mantém fora do alinhamento com nosso Ser.
Grata, por sua maturidade emocional que se revela como uma luz para todos nós, seus alunos e leitores atentos.
Leio todos os textos que você publica e sempre encontro uma relação com minhas dificuldades emocionais….creio até que aceitar que temos dificuldades, mas que podemos aprender e mudar seja um passo importante em nossa educação emocional. Mas , esse texto , em especial, tocou nos pontos extremamente dolorosos que estou tentando superar….
Obrigada por tudo que você escreve e compartilha de forma tão generosa…
Célia